O Presidente da LIPAC

 
O Professor Doutor Manuel da Silva Marques, presidente da LIPAC, nascido em 1944, é natural da Quinta da Pedra Caldeira (Folgosa do Douro) e viveu até aos 13 anos em Arícera, concelho de Armamar, ficando sempre ligado ao seu Alto-Douro.
 
Fez vida militar e militarizada durante quase 6 anos, concluindo a sua licenciatura em História em 1971. Foi Professor efectivo em Vila Nova de Famalicão após estágio pedagógico na escola Ramalho Ortigão no Porto.
 
Em 1976 fez a licenciatura em Medicina, e em 1984, especializou-se em Psiquiatria e Saúde Mental a trabalhar no Hospital de S. João desde 1978, durante mais de 25 anos dedicou-se à Psiquiatria Social e Comunitária, defendendo um Método para tratamento de adictos ao álcool e/ou às drogas ilícitas que denominou por Psico-Comunitário. Em Lyon (França) fez creditação do conceito de "Deficiência Social" de inspiração comunitária, integrando-o no Método.
 
Paralelamente, tem vindo a interessar-se por tudo o que seja relativo ao Alto-Douro tendo, como corolário deste labor, trabalhos ligados ao Concelho de Armamar e a esta região onde, a pulso, levou por diante com um "punhado" de amigos a criação da Rádio Clube de Armamar, a Sociedade Amigos do Concelho de Armamar e o Círculo de Cultura e de Desenvolvimento do Alto-Douro (Lamego).
 
Denota, uma longa carreira de Professor, Médico e sobretudo de presidente e voluntário da LIPAC devendo-se sobretudo à sua rica experiência humana que se lê no seu multifacetado curriculum vitae, fizeram dele um exemplo para todos nós como um elemento activo na defesa de valores e da especificidade social e cultural da região de Vila Nova de Famalicão.
 
Cansado de pregar aos peixes na luta inglória contra o abuso do álcool e das drogas ilícitas teimosamente e irreverentemente esteve 20 anos a reinvidicar uma abordagem conjunta do álcool e das drogas ilícitas por as semelhanças encontradas serem superiores às diferenças.
 
Vendo, agora que a luta fora ganha não pela razão e desiludido com as figuras-chaves do meio da cidade do Porto, onde os políticos locais nunca souberam reconhecer a mais valia desta Associação, a LIPAC - Liga da Profilaxia e Ajuda Comunitária - acredita na fidelidade e na lealdade dos seus parceiros que trabalham ao seu lado com e para a comunidade. A LIPAC continua a ser o seu Laboratório de Campo criado em 1978 com a sua ida para o Serviço de Psiquiatria, do Hospital de S. João do Porto para Vila Nova de Famalicão onde se implantou com largo sucesso: congressos, formação para a cidadania e formação ao longo da vida com cursos onde foram mobilizados mais de 700 pessoas ao longo de 1200 horas.
 
Presentemente, acredita que o seu projecto está vivo e intenta apresentá-lo com obra feita desafiando, a quem de direito, que o deseije avaliar como já tem sido feito mobilizando deputados do parlamento, figuras chave do meio de Famalicão e de Braga que ficaram satisfeitos pelos critérios de rigor, objectivos nunca aceites em Portugal por falta de empenho e de profissionalismo e, quiça, e mais grave ainda, porque todos temerem assumir  os seus telhados de vidro aos mais diversos níveis de intervenção: social, político, económico, entre outros.
 
Para terminarmos, aqui deixamos um excerto do pensamento de A. Fernandes da Fonseca, a nossa principal referência por tudo o quanto fez em prol da LIPAC sendo um dos mais notáveis na área da Psiquiatria e Saúde Mental além de ter sido nosso Presidente durante largos anos e mais tarde presidente honorário da direcção.
 
 
"Nesse sentido, somos testemunhas do muito que Silva Marques tem para nos relatar sobre o que tem aprendido em contacto com os jovens, sobre o esforço que tem feito para lhes criar alternativas lúdicas, susceptíveis de amenizar a difusão do alcoolismo e da toxicodependência. A sua convicção é a de que a juventude de hoje, embora sempre irrequieta e irreverente, encarou integrar-se num novo estatuto que nos permite perspectivar-lhes um futuro de esperança, um Mundo Novo, o Apocalipse como Silva Marques faz jus referir."